Comentário a partir de um inquérito elaborado a dois estudantes, alunos de uma escola profissional, residentes no distrito de Lisboa, a propósito da utilização social dos media digitais.
Partindo do conceito de Prensky de nativos digitais, é factor corrente e recorrente encontrar nos jovens de hoje em dia uma relação de proximidade e constância entre estes e os media digitais.
O papel dos media digitais na vida dos jovens do século XXI assume-se como uma extensão dos mesmos, um reflexo da própria identidade de cada um.
E se nos anos 80 a tecnologia, sendo inferior à dos dias de hoje, já nos atraía, a nós indivíduos actualmente mais próximos de imigrantes digitais, mesmo sendo apenas num formato tão arcaico como um Spectrum ou um Timex 2048 para nos divertir nos momentos de lazer, o que dizer da tecnologia de agora, em constante e rápida mutação?!
Esta é, como é lógico, uma questão retórica e o cerne deste estudo vai precisamente de encontro à relação dos jovens de hoje com essa tecnologia.
Se pensarmos no conceito de identidade móvel de Stald, podemos imaginar o lado da identificação dos jovens com meios de comunicação como o telemóvel ou o computador, mas também a questão da mobilidade na personalidade. Todos sofrem mudanças, mas estas são mais evidentes em transições como da infância ou da adolescência.
E quando se fala em identidade, não se pode evitar falar de socialização, pois uma forma a outra, daí que se analisarmos os trabalhos de Lévy e admitirmos que “o espaço cibernético é um terreno onde hoje funciona a humanidade”, temos de concluir que todos dependem deste espaço, caminham nele, crescem e se desenvolvem cognitivamente nessa relação.
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